segunda-feira, 21 de março de 2016


Bullying no Desporto

O Desporto Juvenil atravessa actualmente, uma crise de valores, onde jovens deixam de se divertir, crianças negam-se a ir aos treinos sofrendo em silêncio, um silêncio devastador, invisível.

Quando o bullying ataca um balneário e é convocado para prejudicar jogadores e uma equipa… é complicado, as principais vítimas são as crianças, logo a equipa e consequentemente o jogo que é suposto ser um divertimento para todos principalmente para as crianças. Mas a pressão, e agressão verbal e principalmente física ultrapassa os limites é difícil, difícil gerir principalmente crianças, vítimas de colegas de equipa que são tudo menos isso!

O mais grave é quando o bullying, vem dos próprios pais do jogador, e principalmente dos pais dos próprios colegas de equipa, a educação começa em casa, seja para as vítimas de bullying seja para os “agressores”. Que crianças estamos nós a formar?

Com que direito os pais ultrapassam os limites verbais para com crianças que são os seus próprios filhos e com os colegas de equipa? Com que direito questionam frequentemente um treinador credenciado, sobre se o filho joga pouco ou nada, embaraçando a criança? Que direito têm os “colegas” de equipa de “despejar” as suas frustrações na própria equipa?

E quando os miúdos entram no voto de silêncio, em que nada dizem nem em casa, nem ao treinador? Porque não querem ser acusados por ninguém de piegas ou “bufos” e desistem! Desmotivam e ninguém percebe porquê? Pois é... muito assustador!!

A educação vem de casa, os miúdos apenas emitam os pais, logo pressupõem-se que com este tipo de atitudes verbalmente e fisicamente agressivas, este miúdos mais tarde sigam as pisadas dos pais e o jogo que supostamente seria para ser divertido, torna-se num campo de batalha que começa no balneário e se prolonga para a equipa, situação muito complicada para ser gerida pelo treinador.

E assim assistisse a jogos que se tornam num circo, uma verdadeira palhaçada em que os únicos prejudicados são…os miúdos!!

Como diz o velho ditado “quem está mal muda-se, isto serve para os 2 lados, mas será justo que uma equipa seja prejudicada em prol de pais que exercem bullying sobre os filhos dos outros e dos próprios? Será justo que as vitimas que poderão ser bons atletas se desinteressem por causa de outros colegas e pais destes, mal formados? A preocupação escolar destes pais é a mesma? Será justo que os pais descarreguem as suas frustrações nos próprios filhos e lhes exijam que sejam aquilo que os pais querem que eles sejam? Não era suposto jogarem por prazer, por diversão?

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