quarta-feira, 25 de novembro de 2015



AS LESÕES NO TENDÃO DE AQUILES

Como reconhecer uma tendinite no tendão de Aquiles ou uma ruptura:
A dor está presente quando se corre ou quando se efectua um treino de cargas, com uma sensação de "rigidez" quando, ao acordar, se dá os primeiros passos, descalço. A dor pode ser aguda e penetrante ou de intensidade menor, mas generalizada.

Ruptura do tendão de Aquiles


Numa zona média, próxima do tendão, é evidente uma pequena dor, notando-se, nos casos mais graves, uma fibrose ou uma espécie de nó na parte posterior do tendão.

Aspectos a ter em conta para fortalecer os tendões e prevenir as tendinites:

  • evitar o excesso de treino.

Na grande parte dos casos esta lesão deve-se a erros cometidos na planificação do treino. O excesso de treino está directamente relacionado com um aumento súbito ou prolongado do esforço.

A evitar:
  • Progressão muito rápida;
  • Percursos muito longos;
  • Corridas repetidas, difíceis, com períodos de repouso curtos;
  • Modificações grandes no ritmo de treino;
  • Terrenos acidentados, com subidas e descidas constantes;
  • Pé em pronação excessiva (pé chato);
  • Pé demasiado rígido na zona plantar;
  • Joelho varo (pernas arqueadas);
  • Joelho valgo (joelhos em x);
  • Amortecer os choques.

Para podermos reduzir os choques, toma-se necessário:
  • Diminuir o peso do corpo;
  • Adaptar o uso de palmilhas de eficaz protecção;
  • Adquirir bons sapatos de treino;
  • alongamentos, antes e depois;
  • efectuar um bom aquecimento.

É importante antes de qualquer treino aquecer a globalidade da musculatura (coração e músculos dos membros) realizando cerca de 20 a 30 minutos de exercícios e ligeiros trotes.

No Inverno quando faz muito frio, para além deste período de aquecimento, que pode ser efectuado numa zona coberta, é necessário protegerem-se os tendões do frio, utilizando meias mais quentes e
mesmo calças de treino.
  • evitar qualquer tipo de musculação brusca

Solidário com o músculo, o tendão não tem as vantagens deste nem a sua "força", continuando o mesmo qualquer que seja o grau de treino.

Não se pode "musculá-lo"... Esta particularidade apresenta alguns inconvenientes para o tendão, sobretudo quando o músculo se torna excessivamente possante para um cabo de transmissão fraco.

Outros cuidados importantes a ter:
  • Beber muita água
  • Limitar o consumo de carne
  • Consultar o dentista ao mínimo foco infeccioso

Tratamento:
Assim que surge a primeira suspeita de tendinite, seguir logo a conhecida fórmula "R.I.C.E.":

R = REPOUSO
I = IMOBILIZAÇÃO
C = COMPRESSÃO
E = ELEVAÇÃO

Conclusão: 
Nas primeiras 48 horas o pé e o tornozelo devem estar elevados, estando a parte posterior da perna colocada sob gelo, que deve ser removido durante 15 minutos em cada hora. Deve-se usar umas simples muletas ou qualquer outro tipo de apoio e nos casos mais graves será necessário a injecção imediata de uma solução (...) para permitir uma rápida diminuição da dilatação local.

Depois de um período inicial de 48 horas, o atleta deve ser aconselhado a fazer hidroterapia durante cerca de 20 minutos por dia e, com cautela começar a dar os primeiros passos, havendo o cuidado de
se colocar uma ligadura em volta do tornozelo, tendo em vista uma maior protecção.

Na maioria dos casos, aproximadamente duas semanas depois (nos casos mais graves pode chegar às seis semanas), o atleta deve começar a andar rapidamente, dando, até, alguns passos de corrida. Se ao fim de dez dias, a dor já não aparecer, deve-se começar com um pequeno programa de treino, dando muita atenção aos exercícios de flexibilidade. Os exercícios de flexibilidade são importantes e fundamentais para se evitarem problemas na cura das tendinites.

Nos treinos o atleta deve usar sapatos com sola protectora do calcanhar e hoje em dia a maioria dos sapatos à venda já possui essa característica.

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