quarta-feira, 25 de novembro de 2015



Prevenção da lesão desportiva em crianças

Orientação para os pais.


As lesões associadas à prática desportiva de crianças e jovens têm vindo a ter um acréscimo acentuado, e se forem ignoradas, poderão apresentar-se problemas médicos graves ao longo da vida.
Esta fase parece ser oportuna na educação para a prevenção de lesões desportivas na prática da modalidade que milhares de crianças e jovens elegem, aquando, após as férias, iniciam e/ou reiniciam a sua prática desportiva regular. Ignorar a dor significa aumentar a dor O maior perigo está na criança que, por querer jogar e praticar a modalidade que ela adora, mascara o verdadeiro problema, não comunicando com o treinador ou com os pais, acerca da dor que sente. Especialmente, em de crianças dos 9 aos 14 anos de idade.


Algumas lesões, se não descortinadas a tempo, poderão afectar o normal crescimento ósseo e ligamentar. Causando dificuldades em idades mais avançadas. A componente social como factor de pressão.

Segundo a Campanha Nacional de Segurança Infantil (NSKC), nos Estados Unidos, cerca de 3,5 milhões de crianças até aos 14 anos são alvo de atenção médica devido a lesões da prática desportiva.
Alguns factores parecem estar associados para este número elevado. Cada vez mais, os pais são alertados acerca da inactividade e obesidade dos seus filhos, colocando-os, imediatamente, em desportos organizados e competitivos. Este facto, apresenta uma preocupação legítima quando falamos de crianças que nunca tiveram uma prática desportiva regular e que, sendo colocados numa actividade competitiva, colocarão os seus objectivos na vitória em virtude do prazer e divertimento pela prática.

As crianças, especialmente aquelas que iniciam a sua prática desportiva em ambientes e contextos que perspectivam a vitória como o principal objectivo, tornam-se, por vezes, patologicamente competitivas, descorando outros pontos de desenvolvimento e, inclusive, apresentam uma maior aptidão para jogarem ou treinarem lesionadas, já que elas não querem perder o lugar na equipa ou perder a oportunidade de jogarem no próximo jogo.

Como qualquer modalidade, a prática do futebol também é susceptível de lesões. Aqui, as mais vulgares são as lesões ligamentares nas zonas dos joelhos e nos tornozelos, bem como, as lesões musculares nas faces anteriores e posteriores da coxa.
Como ajudar a prevenir lesões:

Os pais podem ajudar os seus filhos a prevenir lesões na prática desportiva tomando as seguintes precauções:
  1. Incentivar a utilização de equipamento protector em jogos e treinos (e.g. caneleiras).
  2. Aplicar calçado ideal, dependendo do piso de jogo (e.g. para o piso sintético, o ideal para as crianças é a utilização de sapatilhas com sola repleta de pequenas proeminências, que facilitam o equilíbrio e o atrito necessário; não incentivar a utilização de pitons de metal ou osso; verificar se os pitons têm uma distribuição equitativa sobre a superfície da sola);
  3. Verificar se os treinos apresentam esta sequência: aquecimento (exercícios de activação), prática (exercícios específicos à modalidade) e relaxamento (exercícios de alongamento, desactivação e retorno à calma);
  4. Verificar se no clube ou associação há uma preocupação em adaptar as formas e exercícios didácticos da modalidade à idade das crianças;
  5.  Realizar análises e check-ups médicos no início de cada época desportiva e, pelo menos, uma vez durante a época desportiva;
  6. Estar atento se existe uma prática contrafeita da modalidade devido a pressões sociais (e.g. por competitividade extrema, porque os amigos praticam, porque quer emagrecer rapidamente);
  7. Na prática a temperaturas elevadas: fazer com que estejam hidratados e utilizem protector solar;
  8. Verificar se o terreno de jogo está em condições ideais para a prática da modalidade por parte das crianças, se não apresenta pedras ou outros objectos alheios.



AS LESÕES NO TENDÃO DE AQUILES

Como reconhecer uma tendinite no tendão de Aquiles ou uma ruptura:
A dor está presente quando se corre ou quando se efectua um treino de cargas, com uma sensação de "rigidez" quando, ao acordar, se dá os primeiros passos, descalço. A dor pode ser aguda e penetrante ou de intensidade menor, mas generalizada.

Ruptura do tendão de Aquiles


Numa zona média, próxima do tendão, é evidente uma pequena dor, notando-se, nos casos mais graves, uma fibrose ou uma espécie de nó na parte posterior do tendão.

Aspectos a ter em conta para fortalecer os tendões e prevenir as tendinites:

  • evitar o excesso de treino.

Na grande parte dos casos esta lesão deve-se a erros cometidos na planificação do treino. O excesso de treino está directamente relacionado com um aumento súbito ou prolongado do esforço.

A evitar:
  • Progressão muito rápida;
  • Percursos muito longos;
  • Corridas repetidas, difíceis, com períodos de repouso curtos;
  • Modificações grandes no ritmo de treino;
  • Terrenos acidentados, com subidas e descidas constantes;
  • Pé em pronação excessiva (pé chato);
  • Pé demasiado rígido na zona plantar;
  • Joelho varo (pernas arqueadas);
  • Joelho valgo (joelhos em x);
  • Amortecer os choques.

Para podermos reduzir os choques, toma-se necessário:
  • Diminuir o peso do corpo;
  • Adaptar o uso de palmilhas de eficaz protecção;
  • Adquirir bons sapatos de treino;
  • alongamentos, antes e depois;
  • efectuar um bom aquecimento.

É importante antes de qualquer treino aquecer a globalidade da musculatura (coração e músculos dos membros) realizando cerca de 20 a 30 minutos de exercícios e ligeiros trotes.

No Inverno quando faz muito frio, para além deste período de aquecimento, que pode ser efectuado numa zona coberta, é necessário protegerem-se os tendões do frio, utilizando meias mais quentes e
mesmo calças de treino.
  • evitar qualquer tipo de musculação brusca

Solidário com o músculo, o tendão não tem as vantagens deste nem a sua "força", continuando o mesmo qualquer que seja o grau de treino.

Não se pode "musculá-lo"... Esta particularidade apresenta alguns inconvenientes para o tendão, sobretudo quando o músculo se torna excessivamente possante para um cabo de transmissão fraco.

Outros cuidados importantes a ter:
  • Beber muita água
  • Limitar o consumo de carne
  • Consultar o dentista ao mínimo foco infeccioso

Tratamento:
Assim que surge a primeira suspeita de tendinite, seguir logo a conhecida fórmula "R.I.C.E.":

R = REPOUSO
I = IMOBILIZAÇÃO
C = COMPRESSÃO
E = ELEVAÇÃO

Conclusão: 
Nas primeiras 48 horas o pé e o tornozelo devem estar elevados, estando a parte posterior da perna colocada sob gelo, que deve ser removido durante 15 minutos em cada hora. Deve-se usar umas simples muletas ou qualquer outro tipo de apoio e nos casos mais graves será necessário a injecção imediata de uma solução (...) para permitir uma rápida diminuição da dilatação local.

Depois de um período inicial de 48 horas, o atleta deve ser aconselhado a fazer hidroterapia durante cerca de 20 minutos por dia e, com cautela começar a dar os primeiros passos, havendo o cuidado de
se colocar uma ligadura em volta do tornozelo, tendo em vista uma maior protecção.

Na maioria dos casos, aproximadamente duas semanas depois (nos casos mais graves pode chegar às seis semanas), o atleta deve começar a andar rapidamente, dando, até, alguns passos de corrida. Se ao fim de dez dias, a dor já não aparecer, deve-se começar com um pequeno programa de treino, dando muita atenção aos exercícios de flexibilidade. Os exercícios de flexibilidade são importantes e fundamentais para se evitarem problemas na cura das tendinites.

Nos treinos o atleta deve usar sapatos com sola protectora do calcanhar e hoje em dia a maioria dos sapatos à venda já possui essa característica.

Secar chuteiras

Sabendo que o Futebol é desporto de Inverno, e que muitas vezes os jogadores treinam e jogam à chuva e não há chuteira que resistam, aqui vai um truque:






Basta enchê-las de papel de jornal e ir mudando o papel uma ou duas vezes por dia. O papel absorve grande parte da água e permite assim secar.